23 de setembro
eu acabei de assistir ao filme shiva baby. eu fui meio sem saber nada além do fato dele ser curtinho. é a história de uma judia que era sugar baby de um cara e vai prum pós enterro judeu chamado de shiva. lá ela encontra um ex rolinho dela, uma amiga de infância e acaba descobrindo que o daddy dela é casado e tem uma bebê e isso deixou ela meio zoada. o que me deixou meio zoada pq tipo, ela não deve ser profissional, deve ter sido um mero ataque de oportunidade pq se ela fosse mais profissional isso não teria sido um problema. a não ser que ela tivesse algum sentimento, sei lá. outra coisa é que as cenas das interações da dani (a protagonista) com os familiares durante a cerimônia é terrível. é angustiante. eu me senti muito no lugar dela com meus parentes. eles conseguem ser chatos igual os dela quando estão inspirados. falaram que era uma comédia mas é mais um filme de ficar crinjado. tipo force majeure. mas é um filme bom, só não é comédia
30 de setembro
eu acabei de assistir bottoms. a sensação atual do cinema de nicho sapatão. é a história de uma gay trambiqueira que inventa do nada um clube de autodefesa pra mulheres mas só com o objetivo de ficar com as gatas do grupo mas acaba indo longe demais e no meio de tudo tem um jogo de futebol que é muito importante pra escola que elas estudam e é uma grande loucura. mas é bem legal. parece uma corrente atual do entretenimento de comédia essa coisa de alegoria do absurdo, onde as coisas são absurdas e ridículas mas são normais no ambiente do filme ou de série ou etc. as vezes é meio chato pq é ridículo demais e caricato demais mas nesse aqui até foi interessante
5 de outubro
nesse momento eu estou terminando de ouvir o fetch the bolt cutters, da fiona apple. musicamente não é o meu preferido, mas as letras são bem interessantes. falam de rivalidade feminina, relações abusivas. de se libertar do que estiver te amarrando e encontrar a sua voz. a fiona meio que revisitou a própria história pra criar essas letras. se viu com ares mais maduros pra se “perdoar” pelos “erros” que tenha cometido. muito legal. muito legal também é ver que eu to entendendo de ouvir álbuns e intepretar conceitos. realmente ouvir lendo a letra é importante. os críticos tem razão nessa. fantano, o tempo te inocentou!
30 de dezembro
hoje passou forrest gump na tv. eu nunca tinha parado pra ver e tal pq eu sempre achei a sinopse chatona, mas hoje eu prestei um pouquinho mais de atenção. mas sob um viés de mulher potencialmente neurodivergente que vive rodeada de outros neurodivergentes. é basicamente a história de um cara autista que graças aos seus gostos e hiperfocos foi encarando suas vicissitudes e passando com êxito pela vida, menos um pouco com respeito ao amor da sua vida, que era um tipo de manic blonde dream girl, uma doida que queria viver a vida ao máximo. o forrest não queria nada, acho que só fazer o que gostava. só calhava das coisas sempre darem muito certo pra ele. eu chorei pra caramba na cena dele contando do filho depois da jenny ter morrido de hiv. é um filme bom, mostra que os autistas podem ser o que quiserem, e ter o hiperfoco que quiserem e podem ser felizes e viver bem